a arte de ser quem você é #nãovaitergritorock

Por mim mesma, Caio Mattoso


Este ano não vai ter grito rock pra mim, e já informando sobre a tag que publiquei, pra quem quer saber, eu não vou estar lá. Porque nem tudo nessa vida é global, movimento e rede. O grito Rock já me acolheu em Cuiabá e eu já o acolhi também. Mas este ano eu não vou, pelo  simples motivo de não gostar das filas do SUS, também não gosto das filas do Grito Rock Cuiabá. Pra comprar uma cerveja, quase uma hora na fila. Se brincar ficaria doente por tanto estresse, e teria que novamente enfrentar outra fila, já doente, no SUS. O Grito Rock tá no mundo inteiro, parece a República, parece o Estado. O Grito Rock tem o mérito de trazer à tona os isolados, mas hoje eu quero me isolar. Então inventei a tag #naovaitergritorock, para brincar de ser mais esquerda, ainda. Chega a ser pessoal o negócio, rs. Publicar banalidades tende a ser uma perda de tempo, é comprar briga com a ignorância, mas neste caso, não é nada disso. A grande mídia não faz questão de mim, e eu não faço questão dela. O que teria mais pra falar, que conheço da história toda, se sei muito bem quem são os bois e as vacas? Posso sim mudar de ideia, com inteligência, sabedoria e pesquisa. Não é ficar pulando de galho em galho. Sou artista, um compositor, como outros vários e sou esperto o suficiente para saber que o público que vai no grito é um público que gosta de bandas, e eu... eu sou cara de banda, de um bando, de uma trupe. Então, não sou estúpido para dar um tiro no próprio pé, por isso hoje me isolo, para gastar menos, pois tocar de graça é uma opção que depende da minha finança e orçamento pessoais. Eu que decido se toco de graça ou não, eu que decido o valor do meu cachê e o mercado decide se eu vou ganhar muito ou pouco dinheiro, e as pessoas, o público está contido nessa regrinha, eu acho. Acho ainda, que o trabalho do artista é conquistar seu público e diminuir esse abismo de diferenças entre a arte e o poder fazer arte. Então minha tag é pessoal, mas fiz questão de jogar no emaranhado da vida, da rede. Para não ficar nenhum mal entendido, escrevo este artigo, para tornar um pouco mais divertido e construtivo o nosso debate sobre a arte de ser quem você é.

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