Intuição, matemática, palavra e Bergson

Investigações poéticas quebradas na minha cabeça


Com Wikipédia e o ensaio
Poesia, Intuição e Fuga: A Duração expressa na Escrita de Henri Bergson - Emerson Facão


Na nossa história vemos que o papel da escrita sempre foi o de “representar” o pensamento. Mas há um tipo de escrita, como a poética, por exemplo, que não tem o interesse de “representar’’ o seu objeto, e sim o de “apresentá-lo”, pois a poesia surge com esse alargamento provocado pela intuição em nosso pensamento.

E agora, José?

Dá uma sacada no pagodinho de Bergson, uma batucada estranha, onde está a intuição na matemática?

"Eu escolhi a palavra intuição por falta de uma palavra melhor. Mas
não estava de todo satisfeito com isso. Eu queria designar a
inteligência no sentido mais largo, ou então o pensamento. Mas a
palavra “inteligência” era usada num sentido que não prestava a
exprimir o que eu queria dizer. Por isso tomei a palavra intuição.
Infelizmente nós não somos como os matemáticos que cunham as
palavras de que precisam.'"


sobre a limitação da linguagem (Bergson):


"Um Platão, um Aristóteles, adotam o recorte da realidade que
encontram já pronto na linguagem: ‘dialética’, que se prende a
'dialegein dialegestai', significa ao mesmo tempo ‘diálogo distribuição’; uma dialética como a de Platão era ao mesmo tempo uma conversação na qual se procurava estabelecer um acordo sobre o sentido de uma palavra e uma repartição das coisas segundo as indicações da linguagem. Mas, cedo ou tarde, esse sistema de ideias calcadas nas palavras havia de ceder o lugar para um conhecimento exato representado por signos mais precisos; a ciência constituir-se-ia então tomando explicitamente a matéria como objeto, a experimentação como meio, a matemática como ideal; a inteligência chegaria assim ao completo aprofundamento da materialidade e, por conseguinte, também de si mesma. Cedo ou tarde, também, iria se desenvolver uma filosofia que se libertaria por sua vez da palavra."

fonte: http://www.ensaiosfilosoficos.com.br/Artigos/Artigo5/FACAO_Emerson.pdf


Primitivo o ponto e a intuição na matemática:


Em Matemática, particularmente na Geometria e na Topologia, um ponto é uma noção primitiva pela qual outros conceitos são definidos. Um ponto determina uma posição no espaço. Na Geometria, pontos não possuem volume, área, comprimento ou qualquer dimensão semelhante. Assim, um ponto é um objeto de dimensão 0 (zero). Um ponto também pode ser definido como uma esfera de diâmetro zero.

 

fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_%28matem%C3%A1tica%29

Em matemática, lógica, e sistemas formais, uma noção primitiva é um conceito indefinido. Em particular, a noção primitiva não é definida em termos de conceitos previamente definidos, mas é apenas motivada informalmente, geralmente por um apelo à intuição e a experiência cotidiana. Em um sistema axiomático ou outro sistema formal, o papel de uma noção primitiva é análogo ao de um axioma. Teorias formais não podem prescindir de noções primitivas, sob pena de regresso infinito.
O fato de que elas não são definidas, não significa que elas não podem ser caracterizadas através de exemplos e frases de apoio ao raciocínio, por exemplo:
Um ponto é aquilo que não tem partes.
Euclides: Os Elementos, Livro I
Neste livro, o conceito de "ponto" não é primitivo, pois é definido através do conceito de "parte" que é primitivo, pois não recebe definição.
Um conceito pode ser primitivo em um contexto mas não o ser em outro. Como exemplo, em psicologia, as cores geralmente são conceitos primitivos, pois o significado das cores provém unicamente do sentido da visão (e portanto a única maneira de ensinar o que significa precisamente a palavra azul, é mostrando algo dessa cor), mas no contexto da física, elas tem definições em termos de comprimentos de onda.


Intuição

Etimologicamente a palavra intuição vem do latim intueri, que significa considerar, ver interiormente ou contemplar.
O matemático e filósofo Blaise Pascal referia-se à intuição como o produto da capacidade da mente de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, graças às infinitas conexões inconscientes que tornam possível à mente consciente fazer escolha. 

fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/intuicao-446302.shtml

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