Leitores - projeto inacabado de um impossível livro
Em qualquer mão calada há distorção. É deixar de sentir essa parte do corpo. Aí a vontade é voltar a senti-las e não acontece. Ver os movimentos, de nada mais adianta, perdeu por completo o controle sobre elas.
É o desejo de ser outra pessoa, fazer entregar as mãos ao desejo de alguém que não existe. As mãos não respondem e parecem já ter vida própria, desconexa. Uma mão longe da outra, um corpo unido por mãos separadas. Como se fossem essas mãos agora inquietas, na ânsia de conhecer o corpo que as carregam.
Elas querem reconher tudo que prevalece e lhe dá orientação. Elas querem descobrir subitamente o que é que as possuem. Sem explicação, primeiramente só observando as outras mãos, mãos submetidas ao corpo de outros corpos ou não; – você já deve ter visto as mãos de um bebê. Totalmente submissas ao todo.
E a dos mais velhos totalmente independentes, chegando a tremer vezes em vez. Mas não é isso, ilusão seria caso fosse. Em suas mãos distorcidas há um grito. E esse grito te aterrerroriza, por ser desconhecido.
Foi com as mãos que começou pra você. Não se sabe por que. Talvez por ter sido assim e nada mais. Somos iguais pela extensão. Elas rompem. As mãos.
1 - É o desejo de ser outra pessoa
2 – Alguém não existe
3 – As mãos tem vida própria
4 – Elas descobrem possuir
5 – É ilusão
6 – Esse grito te aterroriza
7 – Foi com as mãos que começou pra você
8 – Elas rompem
9 - As mãos
1 - O desejo de ser outra pessoa é a mesma coisa que ser a Bete. Ela também começou com as mãos. Buscou o mundo desse jeito, sempre começando, sempre correndo em busca das mãos de lugar em lugar, as vezes até no mesmo lugar de tempo em tempo. Conheceu várias cidades e bibocas do planeta terra, seus pais não podiam investir em todas as suas ideias e mesmo assim ela conseguiu viajar muito.
Eu sei, me correspondo com ela sempre, epa, olha aqui, vou me apresentar pra você não duvidar de mim. Meu nome vou te contar, sinto-me como as mãos de Bete, a procurar e fazer a cabeça da Bete.
Mas vou fazer um pouco de suspense e te contar nas folhas que virão, através da sua intuição sabe que não é fácil ter um nome o qual você já sabe dizer. Será que sabe mesmo?
É o desejo de ser outra pessoa, fazer entregar as mãos ao desejo de alguém que não existe. As mãos não respondem e parecem já ter vida própria, desconexa. Uma mão longe da outra, um corpo unido por mãos separadas. Como se fossem essas mãos agora inquietas, na ânsia de conhecer o corpo que as carregam.
Elas querem reconher tudo que prevalece e lhe dá orientação. Elas querem descobrir subitamente o que é que as possuem. Sem explicação, primeiramente só observando as outras mãos, mãos submetidas ao corpo de outros corpos ou não; – você já deve ter visto as mãos de um bebê. Totalmente submissas ao todo.
E a dos mais velhos totalmente independentes, chegando a tremer vezes em vez. Mas não é isso, ilusão seria caso fosse. Em suas mãos distorcidas há um grito. E esse grito te aterrerroriza, por ser desconhecido.
Foi com as mãos que começou pra você. Não se sabe por que. Talvez por ter sido assim e nada mais. Somos iguais pela extensão. Elas rompem. As mãos.
1 - É o desejo de ser outra pessoa
2 – Alguém não existe
3 – As mãos tem vida própria
4 – Elas descobrem possuir
5 – É ilusão
6 – Esse grito te aterroriza
7 – Foi com as mãos que começou pra você
8 – Elas rompem
9 - As mãos
1 - O desejo de ser outra pessoa é a mesma coisa que ser a Bete. Ela também começou com as mãos. Buscou o mundo desse jeito, sempre começando, sempre correndo em busca das mãos de lugar em lugar, as vezes até no mesmo lugar de tempo em tempo. Conheceu várias cidades e bibocas do planeta terra, seus pais não podiam investir em todas as suas ideias e mesmo assim ela conseguiu viajar muito.
Eu sei, me correspondo com ela sempre, epa, olha aqui, vou me apresentar pra você não duvidar de mim. Meu nome vou te contar, sinto-me como as mãos de Bete, a procurar e fazer a cabeça da Bete.
Mas vou fazer um pouco de suspense e te contar nas folhas que virão, através da sua intuição sabe que não é fácil ter um nome o qual você já sabe dizer. Será que sabe mesmo?