Mistério invisível - por Julianne Moura
Era uma vez
uma menina sabida
que
desde nova
sonhava com a verdade,
acordava todo dia cansada,
pois
nem dormia ouvindo
os
sussurros
da
noite,
coletava as imagens
como frutos doces
de todas as formas e cores
que diziam uma só palavra.
Essa palavra,
com tantos significados
inexatos
era
um
elo
despercebido
pois o barulho constante dos deuses recém nascidos,
cujo
ego
era
tão
grande
quanto
um muro alto e espesso
impediam que a melodia chegasse de dia.
Em sua sabedoria infantil,
reconhecia que algo havia se perdido
e mesmo sem a razão
que tudo explica
o que sentia era o vislumbre
do
maior monumento já construído
pelas
mãos
da
humanidade.
E o que só uma criança era capaz
num ecoar singelo profetizava que esses deuses
gastariam muito tempo procurando
as diferenças das semelhanças
e
mais tempo
ainda encontrando
as semelhanças nas diferenças.
E esse era o peso na balança
que
mal se enxergava
mas
era
o lado mais forte da corrente.
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