SEM SENTIDO COM CRÁTILO

pode ser a filosofia, pode ser a poesia

A- são as informações
B- do que se trata?
A- consumo de informação em pouco tempo, muita informação. Um montante de conhecimento. Me faz entender que o sentido é uma péssima invenção. Uma bobagem.
B- concordo. o que pretende fazer com essa conclusão, A?
A- não pretendo nada, seria um sentido pretender.
B- você começou esse assunto, é um sentido.
A- não é um sentido, é um assunto, um assunto que não precisa de sentido. o sentido e o assunto não andam juntos.
B- todo assunto é sem sentido?
A- é.
B- certo. então tudo que foi dito em assunto é sem sentido?
A-sim.
B- e se a gente nesse assunto falar sem sentido.
A- seria ótimo, mas o assunto não é o sentido?
B- você já leu Crátilo?
C-sim.
A e B- seja bem-vind@, do que se trata?
C- agradecid@. se trata disso aquió:

Platão foi um dos filósofos precursores na investigação da linguagem através de seu diálogo: Crátilo. Através de Sócrates, Platão desenvolve a ideia de o conhecimento preceder a linguagem. Platão em uma parte da obra dedica à etimologia, destacando uma relação entre coisa e palavra. Utiliza-se então a dialética como caminho para a linguagem chegar na verdade. O que a alma conhece é registrada pela linguagem.

Na introdução do diálogo temos um debate sobre o fundamento da linguagem, de um lado a teoria naturalista dos nomes (Hermógenes), onde as palavras têm sentido fixo e imutável, e de outro lado as palavras são convencionadas pelo ser humano (Crátilo). Sócrates então as examina. Para Sócrates as coisas existem por si mesmas, o mundo tem uma organização permanente. Numa análise semântica neste século de línguas indígenas, diferente de padrões europeus foi constatado que em nenhuma língua se dá nomes iguais para a cor branco ou reto, por exemplo. Platão então retoma as teorias naturalistas ara em seguida refutá-las. Concluindo, Platão converge as duas teorias e diz que o conhecimento humano é possível e a linguagem tem propriedades que permitem a enunciação do verdadeiro e do falso.